Mesa

“A linha de fronteira se rompeu” (Waly Salomão)

Impulsionados pela vontade de expandir territórios e vivenciar as diversidades do fazer cinematográfico do interior da Bahia, o Feciba VI rompe a linha de fronteira itinerando por três cidades do interior baiano: Juazeiro, Feira de Santana e Itabuna.   Neste contexto de descoberta de novas perspectivas e troca de experiências, a mesa: “A linha de fronteira se rompeu” (Waly Salomão) tratará de temas intimamente relacionados com as lutas sociais contemporâneas aliados ao movimento cinematográfico do interior baiano. Entendendo o cinema como instrumento de reflexão das mais diferentes realidades, servindo de veículo para exposição de temas sociais que precisam ser vistos e dialogados, a mesa tratará também da Lei 13006/2014, que estabelece a exibição de filmes nacionais como componente curricular complementar integrado à proposta pedagógica da escola. Negritude, inclusão social, cinema como reflexão, o lugar do feminismo na sétima arte, as dificuldades enfrentadas pelo audiovisual realizado no interior do estado, a luta pelo respeito às minorias, bem como a sensibilidade particular que caracteriza o cinema do interior são alguns dos temas que permearão todo o festival e serão acolhidos e dialogados neste momento culminante.

Edson Bastos (Mediador)

Edson Bastos é especialista em Audiovisual pela UESC Universidade Estadual de Santa Cruz, em Ilhéus-Ba e Graduado em Comunicação Social com habilitação em Cinema e Vídeo pela FTC Faculdade de Tecnologia e Ciências, em Salvador-Ba. É Produtor Executivo e Curador do Fe CiBa Festival de Cinema Baiano realizado por cinco anos consecutivos na cidade de Ilhéus, com mais de 8 mil pessoas circulando nas últimas edições do evento e do curta-metragem O filme de Carlinhos dirigido por Henrique Filho. Como diretor e roteirista dirigiu o curta-metragem Joelma, eleito pelo público como Melhor curta no Festival Mix Brasil de 2011, vencedor do Prêmio ABCV do VIII Panorama Coisa de Cinema, em Salvador e prêmio de Melhor Ator para Fábio Vidal no III For Rainbown, em Fortaleza-CE. Foi avaliado pelo Estadão como um documento importante para a cinematografia LGBT do país. É também diretor e roteirista do curta-metragem “É proibido menino calçado entrar na escola”, baseado no relato homônimo do escritor Euclides José Teixeira Neto, publicado no livro 64: Um prefeito, a Revolução e os jumentos, vencedor do Prêmio ABCV no XVI Festival 5 Minutos Expandido. Além de dirigir o curta “Veras”, menção honrosa no XI Festival Nacional 5 Minutos em 2011. Atualmente foca no seu próximo curta intitulado Astrogildo e a Astronave, selecionado pelo Edital Setorial de Audiovisual da Bahia de 2013.

>> JUAZEIRO

Chico Egídio

Chico Egídio é Cineasta e Produtor Cultural.  Gestor do Espaço Cultural Janela 353 em Petrolina/PE e Coordenador do Ponto de Cultura Cine Raiz. Diretor e idealizador do Festival Vale Curtas – Juazeiro/BA e Petrolina/PE.  Além de desempenhar a função de Diretor de diversos curtas, entre eles: “Velho Samba da Ilha”; “O nome das caras CARETAS” e “Cadeira de Arruar”.

Rodrigo Pezão

Graduado em Ciências Sociais pela Universidade Federal do Vale do São Francisco, Univasf. Mestrando em Antropologia Social na Universidade de Brasília, UnB. Rodrigo Pezão Wanderley estuda a Cultura Popular e os processos de intervenção e regulação do Estado nos diversos contextos culturais que engendram a formação dessas práticas e os processos de acomodações e resistências dos brincantes, foliões, participantes. Expôs o ensaio de antropologia visual “Brincando com Fogo: ensaio fotográfico da Guerra deEspadas de Senhor do Bonfim” do Laboratório de Imagem e Registro de Interações Sociais (Iris) no Instituto de Ciências Sociais (ICS) da UnB. Dirigiu o curta-metragem documentário “Congos do Rosário”, que lança luz sobre a manifestação dos Congos de Juazeiro. Faz parte do Grupo de Investigação Fílmica ( GiF) da Univasf. Membro do Coletivo Sertão Reggae que realiza o festival de Reggae Sumo Reggae. Também atuou no Coletivo Amigos da Ilha do Fogo pela liberação do acesso a população a Ilha do Fogo então ocupada pelas forças armadas.

>> FEIRA DE SANTANA

Cláudio Cledson

Cláudio Cledson é Professor do Departamento de Letras e Artes-DLA/UEFS; Mestre em Estudos Literários pelo UFBA; Doutor em Teorias da Comunicação pela USP; Pós-doutorado em Comunicação-UFRJ. Coordenador do Programa de Pós-Graduação em Estudos Literários-PROGEL-UEFS, e do Núcleo de Estudos em Literatura e Cinema-NELCI-UEFS. Tem artigos em periódicos e livros publicados no Brasil e no exterior sobre as relações entre Literatura e Cinema; participa de grupos de pesquisa nacionais e mantém intercâmbios com universidades estrangeiras, como o Québec, no Canadá; e Paris 3, na França.

Larissa Fulana de Tal

Larissa Fulana de Tal é realizadora no TELA PRETA, coletivo de cinema negro. Graduada no curso de Cinema e Audiovisual da UFRB.  Diretora do documentário Lápis de Cor (2014), projeto contemplado pela I Chamada de Curtas Universitários do Canal Futura. Diretora do curta-metragem Cinzas, inspirado no conto de Davi Nunes, contemplando no Edital Curta Afirmativo (2012). Atua na área de : Criação, Desenvolvimento de projetos e Direção.

Deo

Formado em Produção Audiovisual pela Faculdade Unijorge, Deo é sócio-proprietário da produtora de cinema e vídeo +1 Filmes, com a qual já desenvolveu cerca de 400 obras audiovisuais ao longo dos últimos cinco anos. Na +1 Filmes, responde pela parte de criação e desenvolvimento de conteúdos, assumindo funções diversas de acordo com a obra. Tem larga prática como Roteirista, Diretor, Editor e Operador de Câmera, com ênfase em projetos independentes ou de baixo orçamento. Produziu em 2015, de forma independente, o longa-metragem O AMOR DOS OUTROS, o primeiro da empresa, que foi selecionado para a Competitiva Baiana do XI Panorama Internacional Coisa de Cinema (Salvador/2015). Além disso, a produção integrou o grupo de 10 obras escolhidas para apreciação do júri do Festival Sundance 2015, através do projeto “Encontros com o cinema brasileiro” da ANCINE. Dentre suas realizações institucionais, destaque para o programa especial para a TVE Bahia, com produção e veiculação no canal de 60 vídeos curtos entre 2014 e 2015. Atualmente, se dedica a três novos projetos de longa-metragem: um documentário musical, uma ficção sobre mulheres suicidas e uma série televisiva sobre ditaduras da América Latina.

>> ITABUNA

Pola Ribeiro

Atualmente, assume o cargo de Secretário do Audiovisual na Secretaria do Audiovisual (SAV), do Ministério da Cultura. Pola Ribeiro é formado em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), é comunicador, cineasta e também gestor público. Entre outros, sua produção cinematográfica é composta por: De Água de Meninos a São Joaquim (dir.coletiva) 1978, Biblioteca do ICBA (dir. coletiva) 1978, UNEB Universidade do Sertão (dir.) 1983, Balanço de Pagamento (co-dir.) 1988, Caverna (dir.) 1988, Celebração da Herança Africana (rot./dir.) 1998, Voyages (rot./dir.) 1999, Memoh (rot./dir.) 2003, Bêbado em Cama Alheia (dir.) 2004 e Axé do Acarajé (coord./dir.geral) 2006.

Camila Camila

Cineasta graduada pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, Camila Camila é uma das fundadoras do Coletivo Gaiolas – Coletivo de Cineastas Feministas do Recôncavo da Bahia. Inicia em 2001 como arte educadora em Escolas Públicas e Centros de apoio a mulheres no interior do estado, encontrando depois no Gênero Documentário uma janela para transpor as inquietudes do gênero, do corpo e seus entornos. Busca em seus filmes o diálogo de gênero e identidade nas formações familiares através da autorrepresentação, em meio às linguagens do cinema híbrido.  Atua como documentarista, cenógrafa, figurinista e diretora de arte. Desde 2011 atua no circuito do Cinema Baianocomo realizadora, curadora e júri. Em 2013 dirigiu o longa-metragem documentário ‘Olho A’dentro – Povo Cigano‘;em 2014 dirigiu juntamente com seu Coletivo o documentário curta metragem ‘ No seu giro, Corpo leve ‘, ambos selecionados e premiados em Festivais baianos e nacionais. Em 2015, dirige ‘ANA’, curta metragem documentário que carrega questões de corpo, gênero e identidade; selecionado e premiado em festivais de cinema nacionais e Ibero americanos.

Marialva Monteiro

Marialva Monteiro nasceu em Salvador, BA. É graduada em Filosofia pela PUC-RJ e tem Mestrado em Filosofia da Educação pela Fundação Getúlio Vargas/RJ. É fundadora do CINEDUC – Cinema e Educação – entidade que trabalha há 46 anos com o uso da linguagem audiovisual no processo educativo. Escreveu o livro “Cinema: uma janela mágica” em colaboração com Bete Bullara, sobre linguagem cinematográfica, o livro destinado aos jovens leitores está na sua terceira edição pela Editora da UFMG – Universidade Federal de Minas Gerais.Participou como jurada em vários festivais infanto-juvenis na América Latina (Bolívia, Venezuela, Uruguai, Argentina) e na Europa (Bulgária, Polônia, França, Rússia) e Índia.É membro da Câmara Setorial do Audiovisual do Conselho Municipal de Cultura de Ilhéus, BA no segundo mandato. Pertence à Rede Unial- Rede del Universo Audiovisual delNiñoLatinoamericano – Havana, Cuba.

Daniela Galdino

Daniela Galdino. Poeta, quase sempre Performer, às vezes Produtora Cultural. Nascida em terras grapiúnas (Itabuna – Bahia), costuma espalhar-se pelo mundo (em trânsitos constantes). É Docente da UNEB onde atua na área de literatura (Graduação e Pós-graduação) e desenvolve projetos extensionistas de formação continuada em artes integradas. Graduada em Letras pela UESC, Mestre em Literatura e Diversidade Cultural pela UEFS, Doutoranda em Estudos Étnicos e Africanos pela UFBA. Percorre diversos eventos como Escritora e Performer e frequentemente estabelece parcerias com diversos artistas para fortalecer os diálogos entre a poesia, música e o audiovisual. Em 2013 participou, como escritora e performer, de eventos acadêmicos e literários na Alemanha. Organizou o livro “Profundanças” (antologia literária e fotográfica), publicado pela Voo Audiovisual em 2014. Integra a antologia trilíngue “Autores Baianos: um panorama”, organizada pela SECULT-BA para divulgar a literatura baiana em diversos países. Publicou “Inúmera” (Mondrongo, 1ª edição: 2011, 2ª edição: 2013). Em 2009 e 2010, respectivamente, participou da 1ª e 2ª edições da antologia “Diálogos: panorama da nova poesia grapiúna” (Editus/Via Litterarum). Em 2005 publicou “Vinte poemas CaleiDORcópicos” (Via Litterarum). Organizou os livros: “Tessitura Azeviche: diálogos entre as literaturas africanas de língua portuguesa e a literatura afro-brasileira” (Editus), financiado pelo Programa Uniafro (MEC); e “Levando a raça a sério: ação afirmativa e universidade” (DP&A), financiado pela Fundação Ford.