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1º Festival de Cinema Baiano

1º Festival de Cinema Baiano (FECIBA) acontece em um contexto no qual urge a necessidade de se pensar e discutir um cinema já centenário. Desde que Diomedes Gramacho realizou o “Regatas da Bahia”, em 1910, o cinema baiano passou por diferentes fases produtivas, mas, até então, ainda não havia tido um evento que reunisse seus produtores, artistas e público para que pudesse ser apreciado com especial atenção. O recorte “cinema baiano” se deu, então, a partir dessa necessidade.

Da Bahia, que já é um celeiro artístico por natureza, podem-se esperar diversas facetas criativas. Dentro desse contexto, o nosso cinema precisa de reflexões substanciais para fincar-se e o momento não podia ser mais propício para discutir o tripé de sua cadeia produtiva – a produção, exibição e distribuição. Essas três palavras-chave resumem os elementos do bom funcionamento de um processo tão meticuloso que é o “fazer cinema”. Além disso, nossos filmes precisam de espaços para serem vistos, para conquistar um lugar ao sol no gosto dos baianos. Ou seja, não basta produzir, precisamos formar público! E o FECIBA vem impulsionar as iniciativas neste sentido.

Serão cinco dias intensos de exibições, compostos pelas seguintes mostras: a Mostra Atualidade, que vai exibir filmes premiados na safra mais recente do cinema baiano; a Mostra Retrospectiva que vai exibir filmes que fizeram parte da história do cinema da Bahia; a Mostra Sexualidades que vai abrir espaço para o debate sobre o cinema, a sexualidade e a sociedade. A produção de curta duração terá atenção especial na Mostra Competitiva de curtas-metragens, que vai premiar os que mais agradarem ao público e a Mostra Paralela que é o espaço oferecido pelo FECIBA para exibição de produções independentes não necessariamente de realizadores baianos.

O Festival acontece no verão, estação celebrada na Bahia. A cidade é Ilhéus, consagrada pelo renomado escritor Jorge Amado que, em muitos de seus romances, retratou esta cidade de forma quase imagética, contribuindo também para a construção da representação da Bahia e do “ser baiano”.

De 9 a 13 de janeiro de 2011, o público vai assistir, aprender e discutir o seu cinema, vai se ver nas grandes telas e se predispor a ser público de si mesmo, de suas histórias e versões.