A Esperança é uma Flecha de Fogo

Se pudermos lançar a metáfora do cinema brasileiro/baiano como uma flecha de fogo, para onde ela apontaria? Na mesa de encerramento, o FECIBA.8 amplia o escopo de discussões propondo o cinema como ferramenta sociocultural. Abrangendo a intersecção entre questões sociais, raciais e de gênero, a mesa “A Esperança é uma Flecha de Fogo” nos convida a refletir sobre o papel da esperança em tempos tão complexos.

Há pouco, embora não passivamente, a sociedade brasileira esteve sob o domínio de um governo federal nefasto para a cultura e para os demais segmentos socioassistenciais. Esse fato, somado ao período pandêmico, corroborou para que a esperança fosse um dos afetos mais acessados pelos brasileiros. Ainda somos afetados/as pelas consequências desse período.

Em tempo, a mesa propõe pensar de forma crítica a esperança, mobilizando sentidos atrelados à resistência! A esperança como ferramenta resistente, contrária à passividade, uma ação de transformação oriunda da falta e contígua ao que resiste. Desse modo, perguntamos: seria a cinematografia do interior do Estado da Bahia capaz de iluminar a sociedade com a chama da esperança crítica envolvendo questões sociais, raciais e de gênero? E mais: a luta por um audiovisual inclusivo, que abarque a diversidade que é o nosso Estado, é uma das formas de esperançar, no sentido crítico?

20/11 – 15h30 – Teatro Municipal de Ilhéus

Lecco França

Lecco França é Graduado em Letras Vernáculas (UFBA), Especialista em Metodologia do Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Indígena, Mestre e Doutor em Letras pelo Programa de Pós-graduação em Literatura e Cultura da Universidade Federal da Bahia, professor do Departamento de Letras e Artes da Universidade Estadual de Santa Cruz, pesquisador, escritor, cineclubista, curador e crítico de cinema. Foi idealizador e organizador das atividades cineclubistas Cine-debate Áfricas-Bahia (PROEXT/UFBA; PPGLitCult; Pós-Afro/UFBA) e CineKanema (Fundação Pedro Calmon/ Governo do Estado da Bahia), curador da Mostra Itinerante de Cinemas Negros Mahomed Bamba, Egbé – Mostra de Cinema Negro de Sergipe, Mostra Ousmane Sembene de Cinema, Festival de Cinema Baiano, Mostra Híbrida e Festival Internacional de Cinema de Ribeirão Preto, e do cineclube Antônio Pitanga (Espaço Boca de Brasa MUNCAB). Foi um dos participantes da primeira edição do Talent Press no Brasil (Festival do Rio / Berlinale Talents / Goethe Institut / Fipresci), programa de capacitação e treinamento voltado para jovens jornalistas e críticos de cinema de países de língua portuguesa. É um dos organizadores do livro Cinema negro baiano (2021), publicado pela editora Emoriô.

Yá Darabi

Atriz e yalorixá

Nadja Akuaã

Nádia Akawã Tupinambá, filha, mãe ,avó, liderança indígena, moro na aldeia Tukum, Território Indígena Tupinambá de Olivença, graduada pela Universidade Estadual da Bahia- UNEB – Arte Educadora Indígena e popular, formadora de educadores indígena da Bahia no programa Saberes Indígenas nas escolas e na formação continuada , com contação de história, . Membro do Fórum Estadual de Educação escolar Indígena. escritora e roteirista, diretora audiovisual, palestrante, Conferencista, Cerimonialista nas representações dos assuntos indígenas. mestra da Tradição Oral e membro da comissão de Mestre e mestra Griô da tradição oral. reconhecida como mestra de saberes através do prêmio de preservação dos bens culturais populares e identitárias da Bahia Emilia Biancardi 2020. Mulher medicina, conselheira espiritual e conselheira do Movimento plurinacional Wayrakuna uma rede artístico filosófica de indígena mulheres na América Latina. Conselheira Fiscal do Instituto wayrakunas. Orientadoras das plantas a serem utilizadas antes, durante e após o parto, manipuladoras das ervas medicinais de cura no feitio das pomadas, tinturas, águas de cheiro e óleos essenciais. Condutora das cerimônias com medicinas da floresta Ayawaska, cerimônia do Tabaco Rezado e Cantado com Memórias das Avós , da Cerimônia do sopro sagrado ( rapé Tupinambá) cerimônia do templo sagrado (útero) das mulheres para a cura ancestral com a ginecologia natural curativa e preventiva à mulheres de todas as idades. Parteira e condutora da roda de mulheres para o cuidado dos florais da lua e do sagrado feminino. Cuidadora e guardiã das sementes nativas e dos saberes ancestrais e imateriais, massoterapeuta e terapeuta holística, fundadora da articulação da teia dos povos do sul da Bahia.

Hundira Cunha

Hundira Cunha (Loyá Barin) é yalorixá, mestra em Educação, professora de História da Rede Estadual de Educação, coordenadora do projeto E-Resistência: Cineclube e Experimentações Audiovisuais.